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terça-feira, 26 de julho de 2011

É só mais um daqueles dias que nem eu sei explicar direito o que eu sinto.
O caos paira sobre tudo, mas dentro de mim há uma paz. Talvez eu saiba que no final, isso tudo vai passar, ou não. Tanto faz.
Os resultados não me importam, só o que importa é essa minha vontade de querer viver.
De repente.
Estar mal é tão deprimente. Você se sente impotente. Dai, todos inventam de dizer que se importam. E eu invento de dizer que não é necessário, pois estou bem.
Ambas mentiras não me importam.
Elas só amenizam o caos sublime entre quatro paredes.
Já ouviu falar que as paredes tem ouvidos? E que elas falam? Então. Acho que é a única coisa que importa no momento. Elas falam. Falam tanto que prefiro fingir que sou surda. E as vezes, cega também.
A maioria das vezes me finjo de morta. É melhor. Pra amenizar.
Não gosto de coisas muito longas, nem do que se impregna na cabeça da gente e insiste em não sair. A determinação é uma excessão.
A determinação de mudar, de viver, ou as vezes de se fingir de morta. Eu apenas estou fazendo o que é o melhor pra mim. E é sempre isso. Somos egoístas, e só queremos o que nos faz bem.
E as paredes? Elas nem se importam. E nem ninguém além delas.
Acho que no final de tudo, tudo já não existe. E não é como era antes. Mesmo com essa sensação de que tudo pode mudar, e que a vida pode continuar. Tudo não muda, na verdade. É a gente que muda. E tudo só fica parado, olhando pra gente, esperando o que vai dar nas nossas telhas.
Esperando algo acontecer.
Talvez o mundo todo dependa disso, de esperar algo acontecer. Porque é isso que move o mundo. Seja novas vidas, ou novas mortes. Novos sentimentos, novas pessoas, e sensações.
E até que as paredes têm razão. Falam demais. Cochicham entre si pra ver se algo muda, mas na verdade, eu vejo que elas nunca saem do lugar. Assim como muita gente se acomoda cada vez mais, à sentir dor, à falar, se sentir mal, e não mudam.
Esperar algo acontecer, no final, não é nada. O negócio é acontecer. Fazer acontecer. Mudar.
Só a gente pode mudar a gente mesmo. E não é ninguém além disso.
Nem as paredes, nem outras pessoas, nem outra qualquer coisa de valor.
O que importa tem nome, e o nome é: você mesmo. E não as paredes, que são falantes, e gritam incessavelmente, e não fazem merda nenhuma.
Não saem do lugar.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Eu sei. Eu disse que meu coração batia por você. Eu estava mentindo; ele bate por dois.
Porque eu tenho o seu amor e eu tenho esses vícios.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Não me indentifico com mais nada que é meu.
Não consigo pensar com essas vozes me dizendo o que eu deveria fazer. E nem sei se são vozes. É algo, la no fundo, me dizendo pra fazer tanta coisa, que nem ouço mais.
Meu olhar de desespero deve até ter se fixado em meu rosto. Ou não. O desespero já foi tanto que eu até já acostumei. Me acomodei.
E esse meu passado me perseguindo? Eu sei que é meu, mas não deveria. Eu não vejo nada semelhante de hoje, com ontem. Quem eu era morreu, até parece que existe um novo 'eu'.
Queria só saber o porque venho me sentindo assim. É tão estranho. Sempre é. Estranho também é essa minha nova mania de me olhar no espelho e rir. Fico mentindo pra mim mesma; E parece que perder pessoas deveria ser meu novo hobbie. Sei la. E eu pouco me importo, agora que venho mudando. Na verdade, nunca me importei. Sempre soube que ia acabar sozinha. Ou melhor, sozinha não. Acompanhada, dessa coisa que gostamos de chamar de 'nada'.
É até engraçado. Não me reconheço mais. E não estou incomodada com isso. Talvez seja o tempo que decidiu mudar de vez. Ou fui eu quem decidiu mudar com o tempo? Eu já nem sei mais. E sinceramente? Eu nem gostaria de saber, já que venho praticando o desapego com toda minha força. Acho que me desfiz de mim e nem percebi. Sei la, talvez eu não me achasse importante. O que já era de se esperar. Mas sei la, vou abaixar o volume, desfazer os costumes, me trancar um pouco, me sentir de novo, e ver se é isso mesmo tudo o que eu quero.
Acho que deve ser só uma crise. Daquelas que sempre tenho, e que canso de contar pra mim mesma, e rir depois. Ou talvez seja uma crise definitiva. Talvez. E isso não sai mais nada da minha mente, e eu fico aqui me sentindo impotente.
Impotente de pensar, de gritar, de correr, de falar, de escrever, sonhar, e até de morrer. Tudo fica girando, e eu fico sem ver a saída, mas depois clareia tudo, e a luz machuca meus olhos. Sinto dor, e pelo menos lembro que ainda estou viva.
Deve ser por isso que venho sentindo esse 'nada' misturado com essa dor que me aflige lá dentro. Deve ser pra me sentir viva, já que isso é algo que nem sabia mais o que era. Que nem lembrava que tinha cor, se era frio ou quente, alegre ou descontente.
E no fim, é tudo isso. Tudo junto, e a gente nem vê. Só vai vivendo, achando que dói viver. Dói nada, o que dói mesmo é se perder. Se perder do 'tudo' enquanto tudo que você sente é o 'nada'.
E apenas ele. Te consumindo, cada vez mais.
Até que um dia você morre, e nem sabe mais o que era nada. E não sente nada.

/Nem o nada.

Alinhar à direita

Eu precisei de você hoje, e você não estava aqui. Falaram que quando você silenciava era porque já havia dado a resposta, mas não ouvi sua voz nenhuma vez ou senti algum toque. Não sinto nada, só aquele amargo voltando e apertando tudo, querendo destroçar tudo de novo, querendo soprar tudo pra longe. Não sinto nada além da areia do castelo que construí escorrendo por de baixo dos meus pés e voltando pro mar. Mas já sinto o vento frio da noite no deserto.

- eu precisei e não havia ninguém aqui.