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sábado, 21 de maio de 2011

E veja só onde é que a gente chegou. Como alguém pode chamar isso de amor, se hoje escrevo com navalha em minha pele o que eu preciso esquecer?
Perceba as coisas que você me falou. Como alguém pode dizer que não mudou? Se eu sou o fruto da minha falha, as suas falhas podem definir você. E quando acordar, aonde vai estar? Que roupa vai vestir? Aonde quer chegar?
Não dá pra abandonar a posse do 'sentir'. Mas, hoje estou aqui, disposta à te apagar.
Um mau espírito pegou tua mão, e enegreceu a cor do teu coração, e apenas eu fui testemunha. Mas, não me encontro em posição de te julgar, pois, também há um lado negro só meu. Apenas nunca quis ter visto o seu. E eu sei que não existe nada nessa vida que vai nos fazer mudar.
E quando a dor chegar, quem é que vai te ouvir? Te fazer respirar? Te devolver o ar? E quando acabar esse corpo pra esquecer as feridas pra sarar?
E o adeus que eu não falei.
Sou um retrato que a tua mão revelou. Cópia barata do que eu acho que eu acho que eu sou. E sim, meu amor, eu sei que eu não devia sentir isso.

/Querer demais o que eu nem sei o que é.

domingo, 15 de maio de 2011

Fico lembrando dos dias, em que tudo costumava há estar bem.

sábado, 7 de maio de 2011

Eu sou uma estação, é isso. Assim não dói além porque eu sei, desde o começo, que sou passagem.

Tati Bernardi

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Venho sentindo uns arrepios, um frio, um vazio - que não é normal, mas vem se tornando. A cada tragada desse cigarro, eu lembro de você. É como se a fumaça que sai dos meus pulmões fosse uma parte de você que se foi. Que se vai. Eu consigo ver os rastros no ar. Consigo sentir dentro de mim. Consigo sentir o cheiro - o seu cheiro.
Eu venho sentindo tanto a sua falta. Ah, querido! Por que você simplesmente não ficou me fazendo companhia aqui, comigo? Por que simplesmente disse que não iria precisar partir de perto de mim nunca?
E o jeito de como você me tocava, anda me fazendo perceber que tento passar pras coisas a mesma segurança que você me passava. Tocando-os do modo que você me tocava, com delicadeza, com medo de quebrar aquele sentimento, que hoje nem existe mais. E acho que foi justamente o que me sobrou de tudo isso. Te sentir, aqui, pra sempre.

/Mesmo que em pedaços espalhados dentro de mim.

domingo, 1 de maio de 2011

Quarto escuro

Ando insatisfeito com a maldita farpa, alojada em meu peito cada vez mais inflamada. Ando muito alterado sem saber para onde correr. Fumando um baseado atrás do outro sem sentir prazer.
Afinal, quero sempre mais. Aceitar como sou agora já não me satisfaz.
Eu já não sou capaz de viver em paz.
Sobre minha cabeça os tetos desmoronam, esmagam minhas crenças e amigos me abandonam. E antes que eu me esqueça o quanto sou infeliz, o anúncio me lembra tudo aquilo que eu ainda não fiz.
Afinal, quero sempre mais. Aceitar como sou agora não me satisfaz. Eu já não sou capaz de viver em paz.
Continuo a viver, apesar de ser assim.

/ Até chegar a minha vez... E eu vou até o fim.