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terça-feira, 11 de junho de 2013

Cinzas de café e de nada.


E não percebestes realmente? Andou pedindo pr'eu largar do cigarro como se fosse a coisa mais volátil do universo. E foram centenas de vezes. Milhões contando os pedidos mentalmente desejados.
Álcool e nicotina.
E há um passo disso: a morte. 
Me pedia pra ficar, sendo que era ele quem queria partir: e se foi. De mim.
E de mim se foi. E amanhã ou depois, vai-se embora dela. E ela depois, de alguém. E esse alguém, de outro alguém.
Não me amo à ponto de amar alguém, afinal. Não me amo tanto assim, à ponto de amar alguém que queira que eu a ame mais que o vício (que me consome, e que é a única coisa que não corro risco de perder). É. Não consigo me cuidar à ponto de conseguir amar.
Com o tempo, talvez. Ele sim é volátil. E quem sabe, um dia me faça amar mais lábios anciados por beijos do que os meus cigarros. Ou até mais pessoas em vez de coisas.
A incompatibilidade está nos feromônios. Ou nos olhos de quem vê. No nariz de quem sente, e na mão que apalpa.
Me encaixo perfeitamente como brinquedo de firulas pra Quem fez o mundo. E os meus problemas se encaixam em dois lugares: em mim e em uma garrafa de conhaque. 
E tudo vira um soneto de não amor. 
E tudo vira sonho de insonias infinitas. 
E fim.
E nada.
E tudo.
Vira cinza.

/E ele era tudo o que eu tinha (pra amar) e não sabia.