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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Sabe quando o vazio vem, te mostra que é maior que você, e você se torna incapaz de sentir algo, alguma dor, algum pensamento que te faça sorrir, ou qualquer sinal de que você está realmente vivo? Sabe quando você está cheio de vazio, e nem o vazio consegue mais sentir? Porque, simplesmente, é o vazio. Você não sente, nada. Só o nada. E sabe reconhecer que não tem nada ali.
Sabe quando você não acha motivos pra levantar da cama? Então...

/Eu sinto o 'nada'.

Meu único alívio é dormir. Quando eu estou dormindo, eu não estou triste, não estou magoada, não estou sozinha, nem pensando em estar.
Eu não sinto nada.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Venho me sentido estranha. Como se eu não fosse daqui, como se nunca tivesse estado aqui. Esse monte de pessoas falando na minha cabeça, pra eu mudar. Será que elas não percebem que quanto mais elas falam, menos eu me importo? Dizem pra eu voltar a ser o que eu era antes. Me diz, como eu era?
É tão relativo, eu sempre fui a mesma. Só venho estado mais reservada conforme o tempo vem passando. E eu nem me importo mais, afinal, eu sempre tive esse outro lado de mim, aqui dentro, pensando silenciosamente. Ainda é silencioso, ainda é persistente. Eu só decidi amenizar aquela coisa de mostrar tudo o que eu sinto, e falar tudo o que eu penso. Joguei fora aquela mania de falar duas vezes antes de pensar. Joguei fora aquela coisa de não saber o que falar quando preciso, e falar desesperadamente quando não é necessário.
Acho que aquilo sim não me pertencia, afinal eu me lembro muito bem de quando eu era criança, eu, sempre quieta, num canto observando, mas, com o tempo a gente muda. Muda sabendo que não é assim, que não podemos mudar simplesmente; E sabendo que há algo de errado. É assim mesmo, de uns tempos pra cá tudo vem mudando. Se bem que eu levo em consideração que na minha infância tudo era mais fácil. Eu acho que na vida de todo mundo foi assim. Ligando os fatos, eu só acho que é mais fácil você ser uma criança reservada do que uma jovem-idosa ligada à essa merda de mundo moderno de hoje em dia, e não falar nada. E sim tudo, tudo o que você não quer dizer. Distorcendo as palavras, pra que elas pareçam ser mais interessante pras pessoas, do que pra você mesmo.
Eu decidi voltar a ser aquela criança que pensava, calculadamente, milímetro por milímetro antes de agir, que mesmo sorrindo e correndo pelos cantos, sempre se escondia pra pensar de vez em sempre. Parei de ser o que eu, realmente, não era. Uma pessoa, com idéias fixas na mente, que podem sim serem concretizadas, mas que estão paralisadas pelo medo, pelo ódio, e por toda essa merda que nos cerca.
Vai ver, no fim, é assim. Decidimos parar de sentir fome de viver, e começamos a pensar em toda aquelas coisas idiotas, que sempre soubemos que eram idiotas, e nos arrependemos. Tão amargamente, que preferimos nos calar do que mover um músculo insignificante que temos debaixo dessa nossa língua, grande, mole e sem cérebro.
Eu sei que na verdade, tudo o que queremos falar não precisa, necessariamente, ser dito.

/ Vai ver, ser reservada assim, não seja tão ruim.

sábado, 16 de abril de 2011

(...) Você está sempre indo e vindo, tudo bem. Dessa vez eu já vesti minha armadura, e mesmo que nada funcione, eu estarei de pé, de queixo erguido. (...)
Você está saindo da minha vida, e parece que vai demorar.

/ (...) Se não souber voltar ao menos mande notícias.

Ninguém pode entender como as vontades de estar perto de você aparecem. Ninguém pode entender, o porque disso. Anos, quilômetros, ventos, tempestades, não puderam nos separar. Sangue da minha árvore frutífera que me traz alegria. Sangue da minha única árvore frutífera.
Única árvore, árvore de amigos, mas, os poucos frutos que ela dá, são vivos, e cheio de cores. Vêem-se de longe. E são meus, eu não os troco por nada.
Você é aquele primeiro furto, de muito tempo, antes mesmo de eu conseguir saber me dizer que eu era gente, e conseguir pensar em outras coisas a não ser brinquedos. Você marcou a minha história.
A vida me deu você. Você me deu a vida. Se fosse de ontem, de poucos meses, de um ano, até agora, seria ironia de minha parte falar tais coisas, mas são mais de anos, e você nunca saiu daqui, da minha mente. E como você me disse hoje, o que está na mente e não pode ser removido, é porque também está no coração, e com a certeza que isso me dá, eu posso até dizer que você está em minha alma.
Poucas conversas, mas, os mesmos pensamentos. Interligados, conectados. E as interferências não atrapalham, só acrescentam. Mostram que somos inseparáveis, mesmo que queiram nos separar. Inseparáveis, mesmo que queiramos nos separar.
Isso é simplesmente porque não há forças maiores do que a de nós mesmos, juntos. Interligados. Não há motivos maiores, nem menores para nossos corações se zangarem por algo fútil, como a vida, tola vida, que quis nos separar.
É um tipo de amor que não tem nome, amor inexplicável, por uma pessoa que você quase nem vê, mas que ocupa sua mente de uma maneira incomparável. Que não precisa dizer palavras bonitas pra você saber que você é especial pra ela, e sempre vai ser, e que você não precisa repetir que a ama, pra que a certeza venha à ser, pois simplesmente isso já está explícito, sem precisar de explicações ou intervenções. Alias, já ouviu falar que não tem como se explicar o amor? Pois é, explicações estragam. E se você conseguir explicar, isso simplesmente não é amor.
Pensamentos interligados, conectados.
Tudo o que respiramos são as nossas vidas. E eu sei que ninguém entende, o motivo de tudo isso, mas, se fosse pra explicar alguma coisa...Se fosse pra alguém entender alguma coisa, eu simplesmente ficaria quieta, pois não há explicação, não há no que intervir. Não há nada maior que isso pra me fazer viver.
Uma coisa sem explicação e tão íntima, que nem se eu explique pra mim mesma vinte vezes, eu mesma não entenderia.

/ Interligados. Conectados.

sábado, 2 de abril de 2011

Ouvi ruidos, e pensei que fosse passos. Mas logo vi que era meu coração, inquieto, pulando... Podia até ver seu contorno em minha pele. E continuava com tanta facilidade e eu nem sabia porquê.
E minha respiração aumentava de acordo com o pensamento de que seria tal batimento. Acho que de tempos pra cá, de tanto ele esperar, o que eu não sei, se desgastou e começou a sentir por ele próprio.
Mas depois, à custo, abri os olho. E nada havia. Vácuo.
A não ser pela solidão, sentada ali em um canto, me observando, sugando minhas gargalhadas...

Sinto-me empacotada em Seu contínuo amor. As Suas palavras suplicantes para ir de encontro aos Seus olhos soam como auto-falantes em uma chuva torrencial.
Pai, eu sinto cortar-me ao meio quando reconheço que minha cura não foi sarada, apenas pintada por meus próprios dedos.
E hoje não peço para que me ajude sair de lamas tão sordidas e superfluas, pois nelas não estou mais.
Hoje peço-Te que me de o cintilante sonho de estar por entre Suas asas, entre Seu plano de redenção. Peço-te que eu possa me entregar.
Pai, como eu posso estar em Sua presença com pés tão sujos? Como poderei processeguir com mágoas? Suplico-Te que conseda-me a misericórdia de estar em oração.
O sorriso me vem em pensar em um dia que o Senhor poderá me levar para ver os lírios em um céu tão denso e macio, interminável. O som dos trigos enfeixados me mostraram que sou Sua filha, e meu louvor não há de acabar.
Enquanto me existir fôlego, sim, eu prometo que estarei entre Seu olhar.
Pertenço a Ti, minha existência reside em Sua casa, meus passos em Seus pés.