E então ele me respondeu:
— Já tive sonhos, também corri atrás de muito vento. Me entregando aos mais belos devaneios cavalheirescos, que me faziam sorrir e acordar bem disposto... Mas não mais.
Sangrei desilusões: sei como é ser abandonado pela maldita felicidade.
Dói, e muito. O bom é que quando caímos de lugares ainda maiores, sempre retornamos. Mas nunca inteiros - parte do ser se perde no abismo e se reconfigura, trazendo algo diferente a tona.
Já não gosto mais de sonhos e nem de fazer parte de sonhos alheios, mas entendo que todos precisamos cair. Só não gosto de fazer parte disso - já atirei muitos ladeira abaixo.
Já não gosto mais de sonhos e nem de fazer parte de sonhos alheios, mas entendo que todos precisamos cair. Só não gosto de fazer parte disso - já atirei muitos ladeira abaixo.
Dói pra quem cai. Dói pra quem empurra.
/ Fez com que eu quisesse me jogar diretamente prum abismo, por mim mesma. Mas não deu tempo, me empurrou e nem percebeu.
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