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domingo, 3 de fevereiro de 2013


Ele estava me matando aos poucos. Assim como todos os outros fizeram, assim como todas as outras vezes em que sofri, e todas as palavras que já escorregaram por aqui. Dentro de mim. 
Eu morria todos os dias. 
Mas a culpada sou eu. Ele não clamou por misericórdia, e não me pediu perdão. E nem vai faze-lo. Mas a culpada sou eu. Ele não disse que era diferente de ninguém. Culpada porque deduzi sozinha.
Deduzi errado.
Quando eu quis sumir, me afastar, pra não me apegar, não me machucar (isso foi um pouco antes de começar a sentir intensamente as coisas, de verdade), eu lembro que ele até gritou. Quebrou sons e palavras dentro de mim, e me disse pra ficar e que nunca me deixaria ir. Disse que era covardia minha, e que se eu fosse, sumisse, escalpasse, eu nunca mais o veria. E eu não sumi. Eu não queria ficar sem vê lo, eu só queria não sentir nada. Olhar pra ele, falar com ele e não sentir nada. Mas desde o começo eu soube... O beijo. Aquele beijo que dei no seu rosto no dia em que nos conhecemos, não era um beijo de cumprimento, e sim de despedida. 
Eu sei que no fim, depois de vinte e três dias apenas no silêncio da base do "oi, tudo bem?", foi ele quem me deixou. Me abandonou na súbita vontade de viver com alguém que lhe completasse, e nem precisou procurar muito. Afinal, qualquer coisa completa quem não sabe o que quer. Agora ele vive sorrindo aqueles sorrisos de quem está acompanhado e tentando ser feliz, e fala pra todos que o sorriso de outra é o motivo dele pra viver. Mas pelo amor de deus! Eu acho que ele a conhece não faz nem um mês. Mas, quem sou eu pra interrogar a vida, não é mesmo? Apenas a covarde que quis fugir da situação antes mesmo que ela começasse, e no fim, não desistiu.
O único problema disso tudo, é que eu ainda me apaixono por ele todos os dias. E sei que aquele sorriso é meu.

/Não importa quantas vezes essa história vá se repetir, e nem quantos nós eu tenha que desembramar. Não importa quantas vezes eu tenha que morrer.

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